Vamos pensar um pouco sobre o que está acontecendo e qual é o nosso posicionamento.
Não somos peritos na arte da guerra e nem mesmo nessa atual situação, porém podemos tomar uma posição de cristão e acima de tudo ponderados em nossas falas para não ofender pessoas indefesas. Essa guerra não é ressente. Com vista ao que tem acontecido precisamos levar em conta alguns pontos, sempre com ponderação e respeito pela vida, tomando cuidado para não sermos parte dessa massa de manobra da mídia ou política que algumas vezes são tendenciosos. Lembrando que existem vidas que precisam de nossas orações nos dois países e que são inocentes, essa guerra é politica.
Algumas ponderações antes de tomar posição:
Fundamento bíblico da bênção a Israel
Como cristão, sustento que a aliança de Deus com Abraão continua sendo um ponto crucial na narrativa da salvação. Em Gênesis 12:2-3, Deus assegura a Abraão que ele será o pai de uma grande nação (Israel) e que os que o abençoarem receberão bênçãos. Esta promessa é reiterada em várias partes das Escrituras (Gn 26:3-4; Nm 24:9; Sl 122:6).
Reconheço a bênção a Ismael
Não posso deixar de notar que Deus também fez compromissos com Ismael (Gn 17:20), que é o ancestral dos povos árabes. O Irã, apesar de não descender diretamente de Ismael, faz parte significativa do universo muçulmano no Oriente Médio e possui sua própria relevância histórica. Ambos os grupos são filhos de Abraão e têm um papel importante na profecia.
Israel é diminuto em extensão, mas vasto em significado
Embora Israel seja cerca de setenta vezes menor que o Irã (Pérsia), ele sobreviveu a diversos conflitos, instabilidades políticas e ameaças à sua existência. Isso pode ser visto como a realização das promessas de Deus para sua preservação (Is 41:10-14; Sl 121).
Nenhum dos grupos aceita Jesus como o Messias de forma completa
É um fato que tanto judeus quanto muçulmanos, na maioria, não reconhecem Jesus como o Filho de Deus. No entanto, Romanos 11 esclarece que o endurecimento de Israel é temporário e que existe ainda um plano de redenção para esse povo. Ademais, acreditamos, enquanto cristãos, que Deus não abandonou Israel de forma definitiva (Rm 11:1-2).
Minha abordagem é espiritual, não de viés político
Meu apoio a Israel não é por razões políticas ou militares, mas sim pela consciência do papel profético que o povo judeu desempenha no plano divino. Também rezo pela salvação dos povos muçulmanos. A Bíblia nos instrui a orar por todos e a querer que todos sejam salvos (1 Tm 2:1-4), incluindo tanto judeus quanto árabes.
Sempre lembrando que somos chamados a tomar posição, porém sabendo que a voz do líder pode influenciar a decisão de uma multidão que não é muito equilibrada e pode entender mal a posição expressada por lideres, precisamos tomar cuidado e falar na hora certa. O que você pensa tem momento e hora para ser dito e não suscitar contenda.
“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”-Prov 25:11
No momento, somos chamado a tomar a posição de intercessão em favor dos inocentes que estão nas duas frentes da guerra e pedir a direção de Deus. Desejamos que não estejamos as portas de uma guerra incontrolável.
Ademir Rodrigues-Jornalista
1 Comentários
Perfeito!!!
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