História da Igreja Adventista da Promessa

A Igreja Adventista da Promessa é uma denominação cristã pentecostal de fundação brasileira sabatista, restauracionista, trinitária, arminiana, futurista e mortalista da alma, cismática da Igreja Adventista do Sétimo Dia.[2] 

A maior parte da teologia dos promessistas corresponde aos ensinamentos adventistas tradicionais como a Trindade, a infalibilidade bíblica, o batismo por imersão, a ressurreição, ascensão, segunda vinda de Cristo que será visível e não secreta. Também acreditam no estado inconsciente dos mortos e na abstinência dos animais impuros da lei mosaica. Diferente do adventismo, rejeitam a autoridade profética de Ellen White, celebram o ritual de lava-pés na ceia, e são pentecostais.

 

História 


 A Igreja Adventista da Promessa foi fundada por João Augusto da Silveira, ex-ancião da Igreja Adventista do Sétimo Dia e membro do Movimento de Reforma Adventista. Silveira, depois de estudar a respeito dos dons espirituais, começou a buscar o batismo no Espírito Santo. A data em que falou em línguas, 24 de janeiro de 1932, é considerada o início da Igreja Adventista da Promessa.[3] 

Pr João Augusto da Silveira - fundador da igreja

Ainda que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não acredite que os dons espirituais tenham cessado, pois são continuístas, opinam que a glossolalia pentecostal não é o mesmo dons de línguas bíblico, que consistia em conseguir pregar na língua de outros povos sem nunca ter aprendido, opinião oposta à defendida por Silveira e outros pentecostais.[4] 

A instituição afirma-se como "a primeira igreja pentecostal genuinamente brasileira, uma vez que as outras denominações pentecostais que já existiam no Brasil, nesse período, eram provenientes de outros países".[3] A denominação expandiu-se pelo Brasil, onde estão a maioria de suas congregações e membros,[5] além de templos e missões em outros países, sendo notável seu trabalho social em países africanos.[6] 

Apesar de não ser doutrina oficial, a maioria das igrejas da denominação têm adotado práticas neopentecostais, como a obrigatoriedade do dízimo, falar em línguas sem intérprete, o cair no espírito, sapato de fogo, batalhas espirituais, profecias de casamento, dentre outras práticas sincréticas, porém não pregam a teologia da prosperidade. Em oposição à compreensão das igrejas reformadas sobre as ordenanças paulinas, a denominação permite as mulheres terem cargos eclesiásticos e ensinarem nas igrejas, como é comum nas igrejas dessa terceira onda pentecostal.

Sua faixa etária é em maioria de pessoas acima de 35 anos e idosos, seu crescimento é em grande parte vindo de filhos nascidos de membros, possuindo uma baixa retenção, tendo poucas conversões e passando, mais recentemente também, por cismas. Eles adotam também o sistema de células, sobre o nome de "grupos familiares", como ferramenta de evangelização. Eles têm uma postura politicamente neutra, não impõem, nem doutrinam seus membros politicamente.

Assista ao video da história:


Crenças 

A Igreja Adventista da Promessa oficialmente segue uma teologia em sua maior parte igual às demais denominações evangélicas do Brasil, aproximando-se do Arminianismo, Adventismo e Pentecostalismo. Seu credo é exemplificado nos seguintes pontos:[7]

    1. A inerrância da Bíblia Sagrada;
    2. A triunidade divina;
    3. A criação do mundo;
    4. Origem, queda e restauração do ser humano;
    5. Jesus Cristo: salvador e mediador da humanidade;
    6. Regeneração e conversão;
    7. Justificação e adoção;
    8. Santificação e perseverança;
    9. O batismo no Espírito Santo;
    10. Os dons espirituais;
    11. Evangelização e discipulado;
    12. Ordenanças instituídas por Cristo: batismo por imersão; lava-pés; ceia do Senhor;
    13. Abstinência alimentar dos animais impuros;
    14. A oração e sua eficácia;
    15. A cura divina;
    16. A lei dos dez mandamentos e sua vigência;
    17. O verdadeiro dia de descanso;
    18. A distinção das leis;
    19. A salvação pela guarda da Lei;
    20. A possibilidade da perda da salvação;
    21. A manutenção da obra: dízimos e ofertas;
    22. Submissão às autoridades e liberdade de consciência;
    23. A mortalidade da alma;
    24. A doutrina do livre-arbítrio;
    25. Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus;
    26. A segunda vinda de Cristo;
    27. As ressurreições dos mortos;
    28. O milênio;
    29. O juízo final;
    30. A origem e a extinção da maldade;
    31. A nova terra, o lar dos remidos.

    Estrutura

    A Assembléia Geral da Convenção Geral é o órgão máximo da Convenção Geral das Igrejas Adventista da Promessa.[8] Sua Junta Geral Deliberativa é composta pela Diretoria Geral, Diretores de Ministério, Diretor do Conselho de Educação, Diretor da Junta de Missões, Diretor da Associação de Ensino Teológico e os Diretores das Convenções Regionais.[9]

    Outros órgãos da Convenção Geral são a Câmara Teológica; Câmara Disciplinar; Câmara Recursal; Câmara de Conciliação; Comissão de Administração e Finanças; Comissão Teológica; além de comissões temporárias, como a Eleitoral.[10] Mantém o CETAP – Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa, fundado em 1994 como Faculdade de Teologia Adventista da Promessa;[11] o CTL – Capacitação e Treinamento de Lideranças, plataforma de ensino à distância;[12] e a Editora Promessa, registrada em 1961 como Gráfica e Editora A Voz do Cenáculo Ltda.[13]

    A atual Diretoria Geral da IAP é formada por:[14]

    Pr. Adelmilson Julio Pereira - Presidente;
    Pr. Eleilton William de Souza Freitas - Vice-presidente;
    Pr. Genésio Mendes Júnior - Secretário;
    Pr. Irgledson Irvison Galvão - Diretor financeiro;
    Pr. Hermes Pereira de Brito - Diretor jurídico.

    Fonte: Wikipédia

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