Vivemos dias em que a neutralidade espiritual já não é mais possível. O mundo apresenta seus valores, muitas vezes contrários à vontade de Deus, e os cristãos são desafiados a definir de que lado estão. A Palavra nos lembra da firme decisão de Josué diante do povo: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
Posicionar-se é mais do que uma escolha verbal; é assumir atitudes coerentes com a fé que professamos. É recusar os padrões deste século, como Paulo ensina em Romanos 12:2, e viver transformados pela renovação da mente. O silêncio diante do erro é, muitas vezes, cumplicidade. Mas a firmeza na verdade, ainda que custosa, gera frutos de justiça e honra a Deus.
Hoje, mais do que nunca, a Igreja é chamada a se levantar como luz em meio às trevas. Cada família, cada discípulo de Cristo, precisa declarar em palavras e ações que serve ao Senhor. Não é tempo de hesitar, mas de escolher firmemente andar no caminho da vida.
O profeta Elias, no Monte Carmelo, também fez um chamado semelhante: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e se Baal, segui-o” (1 Reis 18:21). O povo, diante desse confronto, precisou reconhecer que somente o Senhor é Deus. Da mesma forma, precisamos encarar a realidade de que não dá para viver dividido: ou seguimos o Senhor plenamente, ou seremos tragados pelo engano do mundo.
Posicionar-se exige coragem, mas também traz recompensa. Daniel decidiu firmemente não se contaminar (Daniel 1:8), e por causa de sua fidelidade, foi honrado diante de reis e usado por Deus em grandes revelações. A fidelidade em tempos de pressão abre portas para que o poder de Deus se manifeste em nós e através de nós.
Portanto, este é o tempo de nos levantarmos em fé e não apenas declararmos nossa identidade em Cristo, mas vivê-la intensamente. Não podemos esperar por um momento mais favorável ou por circunstâncias ideais. A hora é agora, o chamado é urgente: ser sal e luz neste mundo, vivendo como testemunhas vivas do Evangelho. Que possamos responder como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
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